Meu marido, como bom toscano, é um expert em vinhos. Neste artigo, acaba por fazer concessões aos vinhos portugueses, os quais vem se destacando no cenário mundial. Na foto, estamos na companhia do portugues Paulo Laureano, dono de uma vinícola na região do Alentejo, produtora de excelentes vinhos.
Eu sempre tive uma “birra” com vinhos portugueses. É claro, eu nunca bebi um Pera Manca. Talvez, também, eu nunca entendi os nomes portugueses. Cada nome esquisito! Sem brincadeiras, eu sempre os achei um pouco ácidos demais para um vinho tinto. As uvas também, principalmente as autóctones, possuem nomes próprios da “terrinha”. Porém, venho insistindo em bebê-los, até mesmo pelos preços mais accessíveis. Posso dizer que os vinhos brancos produzidos no extremo norte de Portugal, os Alvarinhos, sempre gozaram de ótimo conceito. Os tintos do Douro há muitos anos são famosos. Na região do Alentejo existem agora múltiplas vinícolas e é sobre uma nova vinícola desta região que gostaria de falar. Há poucos dias conhecemos o proprietário da vinícola que leva o seu nome, Paulo Laureano. Simpático, conhecedor do ramo, resolveu vir a Cuiabá a convite do Roberto do Big Lar. Fizemos uma degustação sob sua, Paulo Laureano, supervisão. Tomamos os brancos Premium (34,59) e o Reserve (44,90). O Premium é feito de 3 uvas: Antão Vaz, Arinto e Fernão Pires. O Reserve é Antão Vaz pura. Valem o custo-benefício e acompanharão bem os pratos de peixes e frutos do mar. Entre os tintos experimentamos o Premium 2008 (34,59), o Reserve 2007 (52,79) e o Selectio Tinta Grossa 2006 (107,00). Este último é o mais gostoso e é feito só de Tinta Grossa, e, os outros dois são feitos da mistura de uvas Aragonez, Alicante e Trincadeira. Os dois são também, bom custo-benefício. Não são vinhos para degustação e encantamento, mas, são suficientemente gostosos para acompanharem as refeições diversas. Recentemente fomos jantar no restaurante (belíssimo) da Pousada Atmã, em Chapada dos Guimarães e o Reserve acompanhou muito bem os deliciosos pratos daquela noite. Bom, a Atmã é uma outra história.
Joaquim M. Spadoni