Há já muitos anos vamos frequentemente para a Itália. Por lá sempre encontramos um aconchego familiar que não se encontra em outros países da Europa. Uma identificação quase infantil (meus vizinhos de infância eram napolitanos), os parentes (primos, irmão, tios) toscanos de meu marido e os vinhos, ah! os vinhos! Quero tomar Guadaltasso, mas o preço aqui no Brasil é tão alto que é melhor cruzar o oceano e ir a Bolgheri, minha paixão, meu lugar predileto.
Mas desta vez decidimos ir para o desconhecido.
Compramos uma passagem exótica: Cuiabá/Catânia. E pagamos para ver o que ia dar. Entregamos nossas malas no pior aeroporto do Brasil, o de Cuiabá (triste mas verdade) e ganhamos um pedacinho de papel simbolizando nossas malas, junto com a orientação: peguem suas malas no aeroporto de Catânia.
Fontanarossa Catânia é o nome do aeroporto internacional da mitológica ilha chamada Sicília, no sul da Itália. Mitológica por seus templos e teatros gregos, pelos templos romanos e por fim por ter uma cidade chamada Corleone .
A viagem foi tranquila, com uma breve troca de aviões em Roma.
Chegando a Catânia, uma surpresa. Vejam os avisos na locadora de veículos, os quais nos convenceram que iríamos direto para Taormina.
E nós dois, eu e meu marido, logo nos vimos contentes, alegres como se fossemos bem jovens, dirigindo o carro alugado no aeroporto, agora rumo a Taormina. À nossa esquerda havia um monstro fumegante, o Etna , que nos acompanhou por todo o caminho.
Após uns 70 quilômetros vimos uma cidade pendurada num penhasco, o mar azul a seus pés. Nosso hotel com certeza estava lá no alto, estávamos chegando a Taormina.
Depois de muitas voltas chegamos na cidade . As ruazinhas sempre de mão única, pois não cabem dois veículos ao mesmo tempo, levaram-nos para a beira de um despenhadeiro, onde encontramos o nosso hotel, chamado Monte Tauro.
Uma dessas formas arredondadas era a varanda do nosso quarto, com vista para o mar, para o Etna e para a piscina. Recomendo este hotel, o conforto, a vista, o café da manhã são indescritíveis. Mas a felicidade nunca é toda, como dizem os psicanalistas. O acesso à cidade exige uma caminhada de 200 metros em subida pesada. Portanto, quem já passou da idade, ou não está em forma tem que optar por outro lugar para hospedagem.
A cidade é um charme. As vitrines de doces são seu forte. O Cannole é o doce típico, acompanhado de frutas de marzipan e frutas cristalizadas.
Passear a noite pelas ruelas é um prazer. Na rua principal sempre nos aguarda uma surpresa, como o casal de noivos muito elegantes, passeando a pé, de mãos dadas, após a cerimônia de casamento.
Durante o dia o programa é praia. Conhecemos duas e resolvemos ficar por ali mesmo, curtindo o sol e a água deliciosamente fresca.
Mazzaró
Isola Bella
A Isola Bella está situda dentro de um parque natural e chega-se a ilha caminhando pela estreita faixa de mar. É chamada a Pérola do Mediterraneo.
Apreciamos muito a culinária da Sicilia e postarei algumas das receitas que mais apreciamos brevemente.