Uma cliente, recentemente, comentou que esta era a pior época do ano. Opas! Claro, logo perguntei por que ela se sentia assim. Ela não sabia me dizer porque, mas, sentia-se extremamente nostálgica neste período. Insistindo um pouquinho, perguntei se ela havia sofrido alguma perda nessa época do ano. Ela respondeu que já havia pensado sobre isso e não tinha uma resposta plausível. Então, imaginei que lá na sua infância alguma coisa aconteceu. Alguma coisa que ela não queria lembrar-se por ser desagradável. Agora, o que sobrou foi apenas a sensação desagradável e inexplicável. É comum uma certa preocupação com o mês de dezembro. Afinal é o ultimo mês do ano. É época de muitas despesas e compromissos sociais, e isso, pode causar uma leve ansiedade acompanhada de uma leve melancolia. Pode trazer, também, lembranças dos entes queridos que já não vivem mais. Lembranças de muitos outros natais, quando então éramos a criança. Em outras palavras, já existiram muitos outros natais e agora, às vezes, para alguns, é impossível separar este natal dos outros já acontecidos.
O Natal é o aniversário de Jesus. Filho de Deus que foi enviado ao mundo para nos indicar o caminho ao Pai. Ele nasceu, sofreu e morreu em condições trágicas. Foi ressuscitado para provar que Ele era o Filho. Os Seus sermões e a história do Seu nascimento, vida e morte ensinaram-nos como viver. Se conseguíssemos seguir os seus ensinamentos sem muitas perguntas, sofreríamos menos e garantiríamos a Vida Eterna. Para aqueles que crêem, a origem de todos os nossos males residem na nossa pouca fé. Medos e ansiedades não existiriam, pois, entregaríamos as nossas dúvidas em Suas mãos. A fé no Absoluto resolveria todos os nossos problemas. Então, sofrer é uma opção de vida. Sofremos por que queremos. A solução é simples. Basta crer e não titubear. Sofremos porque somos humanos e, como tal, imperfeitos. Na nossa imperfeição fazemos opções equivocadas restando para nós a angústia. Porém, mesmo seus apóstolos, aqueles que conviveram com Ele, assistiram os seus milagres e ouviram a Sua voz, fraquejaram e sofreram. Resta para nós humildes e fracos mortais conhecer-nos melhor, pedir a Sua intervenção no nosso dia-a-dia, guiando-nos apesar das nossas fraquezas a uma vida de paz.
Portanto, o Natal é tempo de festa e de alegria por termos a esperança de sermos felizes e de podermos viver em paz. Nós sabemos o que devemos fazer, agora, temos que lutar contra as nossas imperfeições e nos lapidarmos todos os dias, num eterno aprendizado, até alcançarmos a PAZ. Feliz Natal a todos.
Joaquim Martins Spadoni.