GARY DANKO, SAN FRANCISCO-CALIFORNIA

Em São Francisco, estivemos em um dos seus restaurantes estrelados. Próximo ao Ghirardelli Square e Fisherman’s Warf, de fácil localização e com serviço de valet. Quem passa por fora não perceberá o lugar, como é comum nos EUA. É bom marcar hora (http://www.garydanko.com/).
dentro, o ambiente é muito alegre e descontraído, com tipos variados de pessoas, algumas muito exóticas. O serviço é de primeira. Você pode optar pelo “a la carte” ou o menu completo. Caso você escolha o menu completo, haverá a opção de incluir os vinhos harmonizados com os pratos. Nós fizemos a opção do menu completo harmonizado. A entrada foi de ostras, caviar de Osetra, pérolas de zucchini e creme de alface acompanhado do vinho branco Gruner-Veltliner, Austria. Depois veio salmão com molho de mostarda, acompanhado de vinho branco Arbois Blanc, Domaine de La Tournelle, Jura, França. A seguir, filé de boi com batatas, zucchini, cogumelos e berinjela. Foi servido um Syrah, A Donkey and Goat, da Califórnia. Quase terminando, uma seleção de queijos americanos (excelentes) acompanhado por Amarone della Valpolicella Classico, Tedeschi, Veneto, Italia. De sobremesa, um soufflè de chocolate (lindíssimos) acompanhado por um vinho de sobremesa chamado Banyuls, Michel Chapoutier, França.

Bom, fiz questão de citar os pratos e os vinhos para ressaltar o seguinte aspecto: tivemos no Gary Danko uma lição de harmonização. Os vinhos limpavam a boca, de forma agradável. Mesmo o Syraz (Shiraz) que era muito tânico e muito alcoólico serviu muito bem para acompanhar o filé. O Amarone com os queijos foi um achado. Em resumo, não se usa vinho que se sobressaia sobre os pratos. O vinho age como complemento para uma belíssima refeição. Vinhos para degustar é outra coisa.
Joaquim Martins Spadoni.