SAINT-ÉMILION, FRANÇA



Em julho de 2009, realizamos uma viagem de sonhos. Ficamos em Paris por uns dias e, então, pegamos um TGV (trem de alta velocidade-350 km/h) até Bordeaux. Daí, em carro alugado, fomos dormir em Saint-Émilion. São apenas 60 km a partir de Bordeaux, mas, é bom reservar 2 horas para fazer essa viagem. O importante é que ao chegar na região de Saint-Émilion a pressa acaba. A cidade em si é uma jóia. Patrimônio arquitetônico e cultural da Unesco, ela guarda as características do Século VIII. Conta-se que um ermitão chamado Émilion lá se estabeleceu e aproveitando-se de ali ser um monte de calcário, foi ampliando uma caverna e criou uma igreja subterrânea de grandes dimensões, dando inicio à linda cidade atual. Ficamos hospedados em um hotel “intra-muros” chamado Auberge de La Commanderie (108 euros o casal, com café da manhã incluído). Perfeito! Imediatamente, saímos para bater pernas. Quase que do outro lado da rua já paramos. Tinha uma enoteca linda chamada Ets Martin. No porão, vinhos da região e alguns outros da região de Bordeaux. Porém, a ênfase era Saint-Émilion. Descemos com o proprietário para o seu belíssimo e frio porão. Muita discussão para escolher o vinho, já que as opções eram muitas. Venceu a sugestão do proprietário. Tomamos um Chateau Canon, 1982- 1er Grand Cru Classè Reservè. Ficamos até mudos no primeiro momento. Daí em diante ficamos muito alegres, não pelo efeito alcoólico, já que éramos 2 casais, mas pela oportunidade especial de podermos experimentar tal maravilha. Estávamos prontos para um belo jantar. O dono da enoteca nos recomendou um restaurante chamado Le Tertre. Tomamos champagne em taças (9 euros cada). Deliciosa! Repetimos a dose. O menu completo era muito bom (29 euros cada). O vinho foi outra jóia. Chateau Bel-Air, 2000 (60 euros). Após queijos diversos que o meu filho Joaquim adorou (e eu não consegui comer de todos), encerramos com 2 cálices de Sauternes (7.50 euros cada). As despesas do jantar somaram 135 euros/casal.
O restaurante fica em uma ladeira íngreme, com um corre-mão no meio. A subida era de 20 metros, mas, foi difícil. A Mag parecia que estava imitando o Michael Jackson com os seus famosos passos para trás (moon walking). Estávamos muito alegres e rindo de tudo. Foi uma parte do sonho. No dia seguinte dormiríamos em Margaux. Essa é uma outra história.
Joaquim M. Spadoni.